TDAH impacta igualmente homens e mulheres. As últimas pesquisas têm demonstrado que TDAH em mulheres é um diagnóstico tardio e nestes casos, não recebem o tratamento adequado causando uma grande tempestade emocional. Comumente confundido na infância e adolescência com quadros de Ansiedade, Transtorno de aprendizagem e problemas hormonais, o TDAH faz com que elas se sintam incompreendidas. Outra razão do diagnóstico tardio é que meninas geralmente não apresentam comportamentos impulsivos que interferem na rotina da sala de aula e, portanto, não chamam tanto a atenção dos professores sobre si.
Dentre os 3 tipos de TDAH, a Desatenta é a mais frequente entre as mulheres. Geralmente são aquelas que estão olhando pela janela, mexendo nas pontas dos cabelos e rabiscando algo diferente do que está sendo transmitido ou ensinado na sala de aula. Ainda relatam dificuldades junto aos pares, sensação de serem “deixadas de lado” e excluídas de atividades de grupo, tristeza e vontade de chorar sem razão aparente, timidez para tirar dúvidas na sala de aula, dores de cabeça e estômago. Os professores as descrevem como “sonhando acordada” ou “estabanadas”.
O TDAH é uma condição que persiste na vida adulta. Comumente confundido com depressão na mulher, o TDAH pode provocar prejuízos emocionais, financeiros, sociais, acadêmicos, profissionais e conjugais. As queixas mais comuns na fase adulta são procrastinação, desorganização, dificuldade no gerenciamento do tempo, sensação de “ser diferente”, baixa autoestima e frustração. Causa um grande sofrimento de forma silenciosa.
O que precisa ser esclarecido é que qualquer criança, adolescente ou mulher com suspeita de TDAH, deve ser tratada! A identificação precoce e o tratamento efetivo são essenciais para a prevenção de prejuízos. Não aguarde, consulte um profissional da saúde mental especializado!