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  • Foto do escritorDra. Ana

OS DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

É um transtorno neurobiológico do desenvolvimento complexo que envolve prejuízos na área de linguagem (comunicação verbal e não verbal), social (interações sociais) e comportamental (comportamentos repetitivos e ritualísticos). Incidência de 1 para 68 nascimentos. Alguns comportamentos são repetitivos e apresentam restrição de interesses. Sinais de alerta para os pais: atraso na linguagem, restrição de interesses, não respondem ao serem chamados pelo nome, e evitam contato olho a olho. Costuma ser mais frequente em meninos.


As causas são multifatoriais relacionadas à idade materna, infecções perinatais, traumas, doenças neurológicas. A gravidade do quadro depende do grau de acometimento e de prejuízos sendo classificadas em leve, moderada e grave. Enquanto no autismo leve as pessoas podem ser funcionais, o autismo grave cursa com sintomas severos que interferem no funcionamento diário de suas atividades. E mesmo diante do autismo do mesmo grau de acometimento, os sintomas podem se manifestar de forma diferente.


Um dos principais diagnósticos diferenciais do TEA é com TDAH (Transtorno do Défict de Atenção e Hiperatividade). Importante ressaltar que crianças com TDAH tem 20 vezes mais chances de ter algum sintoma do TEA. TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado por uma tríade comportamental de Desatenção, Impulsividade e Hiperatividade e TEA por inabilidade de linguagem, social e comportamental


O tratamento envolve conhecimento adequado do diagnóstico, identificação dos prejuízos e encaminhamentos adequados.


Crianças com autismo se beneficiam de uma rotina consistente e de um ambiente familiar estável e adaptado às suas necessidades, mas muitos são os desafios que precisam ser enfrentados após o diagnóstico. Entre eles, os diferentes estágios de luto enfrentados pelos pais após o diagnóstico como negação, raiva, confusão, frustração e depressão, que podem ocorrer de uma só vez ou continuamente. Outro grande desafio é o financeiro, o custo elevado das terapias e intervenções com diferentes profissionais da área da saúde e da educação.


É muito importante a família se manter unida e dividir responsabilidades. A taxa de divórcio entre pais de autistas é 20% maior do que a média nacional. Por isto, se os pais estiverem com dificuldades neste enfrentamento, precisam ser orientados a buscar apoio e ajuda profissional sem demora.

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