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  • Foto do escritorDra. Ana

GAMING DISORDER

O uso abusivo de jogos eletrônicos (Game Disorder) está presente na seção de Transtornos que podem causar vicio, na nova versão do CID 11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) que entrou em vigor neste mês de janeiro.


O CID é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera desde 2018, a dependência dos jogos de videogames online e off-line como doença.

A OMS define a desordem como um “padrão de comportamento persistente ou recorrente”, de gravidade suficiente para “resultar em comprometimento significativo nas áreas de funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras”.


Os critérios diagnósticos são participar de forma persistente e recorrente durante longas horas em jogos pelo computador, em torno de 8 a 10 horas ou mais por dia e ao menos 30 horas por semana; ficar agitado, revoltado, irritado, ansioso ou triste, quando impedido de jogar; longos períodos sem se alimentar ou dormir, negligenciando obrigações como escola, família ou trabalho e perda progressiva de controle sobre o jogo, se envolvendo mais e mais nos jogos pela internet.


Os estudos realizados mostram uma ocorrência maior em adolescentes do sexo masculino de 12 a 20 anos, que alegam “tédio” como motivo de iniciação do jogo pela internet e para evitar ou aliviar um humor negativo.


Durante os jogos, devido a associação dos videogames com o circuito dopaminérgico, ocorre liberação de dopamina, fazendo com que o indivíduo tenha sensações prazerosas nas atitudes repetitivas.


O uso abusivo de jogos eletrônicos envolve jogos em grupos por longas horas, que competem entre si, mesmo estando em diferentes regiões do mundo. Os jogos em grupo dão a impressão de pertencerem a uma equipe, o que os motiva a continuar.


Ainda muito teremos que aprender sobre este novo transtorno e a melhor forma de tratamento. Mas tenho certeza de que intervenções como proibições, castigos ou punições, não é o melhor caminho. O diálogo continua sendo a melhor solução.

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